16 março 2013

Etilefrina: extravasamento



Efortil®; etiladrianol; etilefrin (INN).

Descrição: solução injetável. Cada mL contém 10 mg de cloridrato de etilefrina (ampola 1 mL). Excipiente: água para injeção; pH 4,5-6,5. Estocar em temperatura ambiente, não congelar e proteger da luz.(1,2)

Categoria: droga simpaticomimética de ação direta com elevada afinidade pelos receptores α-1, β-1 e β-2, sendo capaz de potencializar a contratilidade cardíaca e aumentar o desempenho cardíaco, elevando o volume sistólico; indicado no tratamento da hipotensão normovolêmica aguda, síncope cardiovascular, associado a sintomas, tonturas, sensação de fadiga inexplicável, visão embaraçada ou perda da visão, sensação de fraqueza.(1,2)

Protocolo de extravasamento: interromper imediatamente a infusão do medicamento instalado, quando observar sinais e sintomas de extravasamento. Não retirar a agulha. Aspirar, pela agulha, a medicação extravasada residual o quanto puder. Retirar a agulha. Prevenção da necrose:o local deve ser infiltrado com 10 mg de fentolamina diluída em 15 mL de soro fisiológico (adulto) e 0,2 mg/kg em 10 mL de soro fisiológico (pediatria). Deve ser utilizada uma seringa com agulha fina e a solução deve ser infiltrada por toda a área afetada. Se a área é infiltrada dentro de 12 h, o bloqueio simpático com fentolamina produz imediatas e visíveis mudanças locais hiperêmicas.(3)

Monitorização do paciente: orientar o paciente a manter o membro elevado. Observar regularmente a presença de dor, eritema, enduração ou necrose. Documentar o tratamento: data, hora, local/dispositivo inserido, seqüência de medicamentos, notificação do médico e tratamento de enfermagem.

Contaminação acidental: as áreas afetadas do corpo devem ser lavadas imediatamente com bastante água durante 20 a 30 minutos. Se derramar na bancada de trabalho: lavar as áreas contaminadas com detergente e água para injeção. Limpar o interior e a superfície do trabalho com álcool a 70%. Deixar secar na ventilação. Terminada a descontaminação colocar todos os materiais e esponjas num saco plástico, selar e rotular como "RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS" e incinerar.

Conduta na superdose: uma superdosagem aguda acentua as reações adversas descritas. Em lactentes e crianças pequenas, a superdosagem pode causar depressão respiratória central e coma. Deve-se instituir um tratamento sintomático adequado. Em caso de superdosagem grave devem ser adotadas medidas de terapia intensiva. Os sintomas devidos à atividade beta1-simpaticomimética devem ser tratados com beta-bloqueadores, administrados de acordo com as normas terapêuticas habituais para esta classe de fármacos.(1)

Referências bibliográficas:
1.Etilefrin. Disponível em: http://www.viha.ca. Acesso em: 17 de setembro de 2010.
2.Micromedex®. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso em 20 de janeiro de 2013.
3.Guide extravasation management in adult & pediatric patients. The University of Kansas Hospital. Disponível em: http://www2.kumc.edu/pharmacy. Acesso em: 18 de janeiro de 2013.