14 agosto 2020

AS TERAPIAS NEOADJUVANTES NO TRATAMENTO DO CANCER DE BEXIGA MUSCULO-INVASIVO: REVISAO NARRATIVA DA LITERATURA

Natália Guedes Alves, Luciano Sami de Oliveira Abraão, Rudá Mura Medeiros Paz, Rui Wanderley Mascarenhas Júnior, Nayara Pontes de Araújo, Lucas de Araújo Leão, Maria Samara Alves da Silva, Bernardo Vitor de Oliveira Martins.

Universidade do Estado do Pará - Para - Brasil

Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões

O câncer de bexiga é a segunda neoplasia do trato geniturinário mais comum no homem, no Brasil, e a 7a de mais incidente no mundo, tendo o tabagismo como principal fator de risco. Esses tumores são, em sua maioria, malignos e carcinomas uroteliais (90% dos casos), podendo ser músculo-invasivos ou não, e têm como principal apresentação clínica a hematúria indolor. A neoplasia músculo-invasiva responde por 25% dos casos, com maior letalidade, e seu tratamento padrão-ouro é a cistectomia radical com linfadenectomia. Esses pacientes também podem ser submetidos à quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante. Este estudo objetiva identificar as diferentes terapias neoadjuvantes empregadas no câncer de bexiga músculo-invasivo e analisar a eficácia, resposta e sobrevida dos pacientes submetidos a ela. Foram realizadas buscas de artigos científicos nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SCIELO e Cochrane, com as terminologias contidas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Câncer de bexiga” e “Terapia neoadjuvante”, em inglês e português, publicados nos últimos 10 anos, e filtrados os de maior evidência (metanálises, revisões sistemáticas, ensaios clínicos e guidelines). Foram encontrados 18 artigos e, após leitura dos títulos e resumos, 7 foram incluídos. A revisão da literatura demonstra uma alta eficácia da quimioterapia neoadjuvante baseada em platinas. O esquema MVAC (metotrexato, vimblastina, doxorrubicina e cisplatina) possui nível 1A de evidência no tratamento de tumores invasivos da bexiga e resulta no aumento da sobrevida em 5 e 10 anos nos artigos analisados (variação de 36% a 50% dentre eles) e melhora na resposta completa quando utilizado antes da radioterapia e/ou cirurgia (terapia multimodal). Outros esquemas, como o GC (gencitabina e cisplatina) e o de carboplatina/gencitabina, também se mostraram efetivos. Nos idosos, ressalta-se que o uso pode ser limitado, devido a presença de comorbidades, pior “status performance” e insuficiência renal, o que acarreta maior risco de toxicidade. Desencoraja-se o uso da terapia adjuvante, pois os estudos disponíveis são controversos e não possuem significância estatística que corroborem a sua utilização. Portanto, infere-se que a terapia neoadjuvante possui segurança e melhores resultados comprovados cientificamente quando empregada em pacientes com neoplasia vesical invasiva que têm indicação a ela, devendo estes serem selecionados adequadamente para a melhora na sobrevida e diminuição da recorrência do tumor.

Palavras Chave

Câncer de Bexiga, Terapia neoadjuvante, Tratamento


XI COngresso Internacional de Uro-oncologia. agosto de 2020. São Paulo. SP

Disponível em www.congressourooncologia.com.br

16 julho 2020

Propostas para a implantação de uma Farmácia Satélite no Bloco Cirúrgico de um Hospital Universitário, com enfoque na gestão por processos

Abaixo estão indicados alguns hospitais que adotaram a implantação da Farmácia Satélite e obtiveram os seguintes resultados (melhorias)

• Instituto de Neurologia de Curitiba: dispõe de uma Farmácia Satélite, com um funcionamento de 24 horas, com um atendimento exclusivo para pacientes que estão passando por um procedimento cirúrgico. A Farmácia Satélite está localizada na parte mais importante do centro cirúrgico desse instituto e com isso proporciona aos pacientes uma rápida dispensação dos medicamentos e materiais e oferece uma fácil disponibilidade a tudo que for necessário para algum procedimento, como benefício também, proporciona uma maior segurança, que é obtida através dos códigos de barras, onde permite rastrear todos os medicamentos e materiais utilizados nos procedimentos cirúrgicos e pós-cirúrgicos. Assim, garantindo um controle e uma racionalização de seus produtos utilizados no centro cirúrgico. 

• Hospital Walfredo Gurgel: apresenta sete unidades de Farmácia Satélite distribuídas em diversos setores do hospital, com um atendimento de 24 horas, e supervisionadas por farmacêuticos, assim, realiza uma racionalização e maior controle dos medicamentos e materiais utilizados. Com a implantação da farmácia, o hospital obteve uma descentralização do serviço, onde proporcionou uma rapidez no sistema de distribuição dos medicamentos, e permitindo uma interação maior entre as farmácias (central e satélite), os setores do hospital e entre o corpo clínico (NATALPRESS, 2011).


• Hospital-Dia do Instituto de Pesquisa Clínica da Fiocruz (IPEC/FIOCRUZ): com a implantação da Farmácia Satélite no hospital-dia houve uma descentralização do serviço, pois antigamente o serviço era totalmente subordinado a farmácia central, com isso possibilitou uma resposta mais rápida ao paciente e houve uma redução dos custos, tanto no 11 medicamento quanto no material. Portanto, o hospital obteve uma maior integração dos membros da equipe e também com os pacientes e familiares, uma vez que a farmácia possibilita um atendimento mais individualizado e também obteve um uso racional dos medicamentos. 

• Hospital São João de Deus, fundação Geraldo Corrêa: dispõe de quatro unidades de farmácia satélite, atendendo em tempo real as prescrições dos médicos e realizando um controle rigoroso do estoque neste local, também contam com uma equipe treinada, atendendo 24 horas e são supervisionadas por um farmacêutico do hospital. Com isso, o hospital obteve uma maior racionalização e controle do estoque dos medicamentos, a dispensação dos mesmos é realizada de forma correta, assim evitando desperdício, a distribuição dos medicamentos esta sendo de forma racionalizada, assim, as Farmácias Satélites possibilitam a redução dos custos na aquisição dos medicamentos na instituição. Portanto, com a implantação da Farmácia Satélite nesse hospital, alcançou-se uma adequação no sistema de distribuição, assim conseguindo atender a quantidade dos pacientes, que aumentam diariamente.

Uma grande problemática observada de forma geral é em relação ao controle sobre os medicamentos controlados (entorpecentes, psicotrópicos, entre outros) utilizados. Esses medicamentos controlados armazenados no Apoio Anestésico são obtidos a partir de prescrição, via eletrônica, realizada pelos médicos anestesistas. A prescrição eletrônica chega aos computadores da Farmácia Central, onde são impressas e após isto, são separados os medicamentos solicitados. Após isso, é dada a saída desses medicamentos no sistema eletrônico, através dos códigos de barra dos mesmos. Para a realização da cirurgia de um determinado paciente, os médicos anestesistas não realizam, antes da cirurgia, a prescrição dos medicamentos controlados que serão utilizados, mas sim utilizam os medicamentos 32 que estão estocados no Apoio Anestésico. 

A prescrição dos medicamentos controlados utilizados na cirurgia desse paciente ocorre após a realização da cirurgia, com a finalidade de repor na farmácia os medicamentos anteriormente retirados, os quais foram prescritos para um outro paciente. Dessa forma conclui-se que os medicamentos prescritos para um paciente não são efetivamente nele utilizados. Como conseqüência disso o centro de custos dos pacientes do Bloco Cirúrgico fica incorreto e isso prejudica a gestão de custos dessa área, pois a apuração de custos individual dos pacientes fica distorcida com a realidade. 

Outros pontos desfavoráveis decorrentes disso são a falta de rastreabilidade, além da falta dos medicamentos controlados no estoque do Apoio Anestésico que ocorre quando os médicos não fazem a prescrição após as cirurgias, seja por esquecimento ou propositalmente. Outras problemáticas também são encontradas, tais como: a ausência de rastreabilidade também para os medicamentos de reposição (medicamentos não controlados), pois não é dada saída desses medicamentos em nome do paciente. Pelo contrário, esses medicamentos ficam à disposição dos profissionais médicos sem nenhuma racionalização e controle efetivo do uso desses medicamentos. 

Outra questão importante é a ausência de farmacêuticos no Bloco Cirúrgico para lidar com os medicamentos e o fato de que o Bloco Cirúrgico funciona vinte e quatro horas, porém nenhuma funcionária do Apoio Anestésico fica nos finais de semana, e com isso quem entra para pegar os medicamentos são os circulantes (auxiliar de enfermagem), os próprios anestesistas, residentes, levando à falta dos mesmos ou a perda de controle. 

Referência:
RENATA PATRÍCIA CARBONERA, R.P.  Propostas para a implantação de uma Farmácia Satélite no Bloco Cirúrgico de um Hospital Universitário, com enfoque na gestão por processos.




06 junho 2020

Vecurônio: Tabela de infusão


Indicações terapêuticas Adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação endotraqueal em procedimentos de rotina e de indução de seqüência rápida de anestesia, e para relaxar a musculatura esquelética durante as intervenções cirúrgicas.

Categoria terapêutica Relaxante muscular não despolarizante; bloqueia o processo de transmissão entre a terminação nervosa e a musculatura estriada. Diferente dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes, como a succinilcolina, o produto não causa fasciculações musculares.

Medicamentos com grafia e som semelhantes Pancurônio, rocurônio. ISMP inclui este medicamento na lista de classes com maior risco de causar dano significativo quando utilizados incorretamente.(11

Descrição Frasco com 4 me e 10 mg. Estocar em temperatura ambiente, não congelar e proteger da luz.(4,5,6)

Farmacocinética Meia-vida de distribuição é de 2,2 min. O volume de distribuição médio é de 0,27 L/kg. A meia vida de eliminação é de 71 min. O grau de metabolização é baixo. Estima-se que dentro de 24 h após a administração intravenosa do produto, 40 a 80% da dose administrada são excretados na bile como compostos monoquaternários. Inalterado representa 95% desses compostos. Eliminação renal é baixa.

Adultos intubação: dose de 0,08-0,1 mg/kg, EV. Manutenção: 0,6-2 mcg/kg/min. Dose máxima não definida.(8,9,10)

Dose na insuficiência renal Monitorar a dose para evitar o aumento do BNM.(8) Dose na hemodiálise Não é necessário o ajuste da dose.(10,11) Dose na insuficiência hepática o é necessário o ajuste da dose.(10,11)

Reações adversas Hipotensão, taquiarritmia, anafilaxia, fraqueza muscular prolongada, bloqueio neuromuscular prolongado, apneia, broncoespasmo.

Precauções Doses elevadas de certos antibióticos (aminoglicosídeos, polimixina B) podem aumentar o BNM. Monitorização do paciente Pressão arterial, frequência cardíaca.

Incompatibilidade na administração de via Aciclovir, aloPURinol, anfotericina B, anfotericina B LIPOSSOMAL, anfotericina B complexo lipídico, cefepima, cefOTAXima, cetorolaco, cloranfenicol, dantroleno, diazepam, etomidato, fenitoína, furosemida, GANciclovir, garenoxacino, ibuprofeno (lisinato), imipenem-cilastatina, lansoprazol, metilPREDNISolona, micafungina, mitoMIcina, nafcilina, pantoprazol, pentamidina, piperacilina, piperacilina-tazobactam, tiopental.(3)

Estabilidade das soluções injetáveis diluídas em

p API na concentração de 1 mg/mL ou 2 mg/mL é de 21 dias em TA e sob refrigeração em polipropileno.(1,2,4)

p SG 5% ou SF 0,9% na concentração de 0,04 mg/mL é de 24 h em TA em bolsa de infusão de PVC.(4)

p Mistura de vecurônio 0,127 mg/mL + fentaNILA 0,024 mcg/mL + propofol 0,0095 mg/mL é de 1 h em TA em seringa de polipropileno.(4)

Referências:
1.Johnson CE, Petrea Cober M. Stability of vecuronium in sterile water for injection stored in polypropylene syringes for 21 days. Am J Health-Syst Pharm 2007;64( 22): 2356-2358.
2.Hecq JD. Stabilité des Médicaments Injectables en Perfusion. Brussels: Baxter; 2005.
3.Vecuronium. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso em 23 de janeiro de 2017.
4.Vecuronium. Disponível em: http://www.stabilis.org.Acesso em 23 de janeiro de 2017.
5.Vecuron®. Informativo do produto. 2013.
6.UCL Hospital injectable medicines administration guide. Pharmacy Department. University College London Hospitals, 3rd ed. Wiley-Blackwell. London. 2010.
7.Cardiff and Vale University Health Board. Procedure for managing an extravasation. Disponível em: http://www.cardiffandvaleuhb.wales.nhs.uk. Acesso em 20 de fevereiro de 2017.
8.Phelps SJ, Hagemann TM, Lee KR, Thompson AJ. Pediatric Injectable Drugs (The Teddy Bear Book), Tenth e d. ASHP Publications. Washington. DC. 2013.
9.Vecurônio. Disponível em: http://www.einstein.br. Acesso em 02 de agosto de 2017.
10.Vecuronium. Disponível em: http://www.pdr.net. Acesso em 29 de setembro de 2017.
11.Taketomo CK; Hodding JH; Kraus DM. Pediatric Dosage Handbook, 23rd ed. Lexicomp. USA. 2016.
















04 maio 2020

Redescubriendo viejos conocidos: el posible papel de la hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina y teicoplanina en el tratamiento del COVID-19

SCOLARI MJ

Farmacéutico Referente de Farmacia Clínica. Especialista en Farmacia Hospitalaria. Servicio de Farmacia. Hospital Británico de Buenos Aires. Buenos Aires (Argentina)

RESUMEN La pandemia del coronarius (COVID-19) desencadenada en China en diciembre de 2019 representa un desafío terapéutico mundial. A la fecha se han propuesto gran diversidad de fármacos con potencial para tratar la enfermedad. La gran mayoría de los mismos ya existían, previo a la pandemia, para el tratamiento de otras patologías. Sin embargo, ninguno ha demostrado eficacia, en ensayos clínicos de calidad, que avalen su empleo de manera específica para COVID-19. En este contexto, el costo de los mismos y su disponibilidad se vuelven factores fundamentales, particularmente en el ámbito de Latinoamérica. En el presente artículo, se revisarán características claves de medicamentos conocidos y asequibles en la República Argentina y resto de América Latina que han demostrado potencialidad para el abordaje terapéutico del COVID-19: hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina y teicoplanina. 

SUMMARY The coronavirus (COVID-19) pandemic triggered in China in December 2019 represents a global therapeutic challenge. To date, a wide variety of drugs, with potential to treat the disease, have been proposed. The vast majority of them, are medications that existed, prior to the pandemic, used to treat other pathologies. However, none has demonstrated to be effective in well designed clinical trials that specifically endorse its use for COVID-19. In this context, their cost and availability becomes a fundamental factor, particularly in Latin America. This article will review key characteristics of known and affordable medications in Argentina and the rest of Latin America: hydroxychloroquine, chloroquine, ivermectin and teicoplanin. Rediscovering old acquaintances: the possible role of hydroxychloroquine, chloroquine, ivermectin, and teicoplanin in the treatment of COVID-19.

 Referência: Rev. OFIL·ILAPHAR 2020, 30;2:127-130.

05 março 2020

Case report on hypersensitivity to methotrexate infusion in a pediatric acute lymphoblastic leukaemia patient

Manjusha Sajith , Atmaram Pawar , Vibha Bafna and Sandip Bartakke.

Atmaram Pawar, Department of Clinical Pharmacy, Bharati Vidyapeeth Deemed University, Poona College of Pharmacy, Pune, Maharashtra, India.

Email: p_atmaram@rediffmail.com

Abstract Methotrexate is extensively used in the treatment of various malignancies and autoimmune conditions. Methotrexate is associated with several toxicities, while hypersensitivity reactions to methotrexate are unusual, but have been reported in adult cancer patients. Hereby, we detail the case of a child with acute lymphoblastic leukaemia who developed a hypersensitivity reaction to high-dose methotrexate infusion (HDMTX) during the fourth cycle of HDMTX. The child was rechallenged with another brand of methotrexate; she started complaining of itching on trunk within 5 min of infusion. Few studies have reported that desensitization has been helpful in children with hypersensitivity reactions allowing the continuation of HDMTX. However, it was decided to omit parenteral methotrexate for this child. Cranial radiotherapy was given for CNS prophylaxis. In conclusion, unexpected hypersensitivity with methotrexate should be kept in mind during the treatment especially with high-dose infusion.

Case report A seven years nine month old girl with a body surface area of 0.79 m2 was diagnosed with pre B cell ALL and had no history of any hypersensitivity reactions. She was treated with BFM-based treatment protocol4 which includes four courses of HDMTX. Patient was hydrated for 48-h before HDMTX infusion with intravenous dextrose 0.45%, normal saline and 40 meq NaHCO3/liter, at the rate of 125 ml/m2 /hour until the urine pH was 6.5. In each HDMTX course, MTX infusion was given at a dose of 3 g/m2 in 500 mL 0.9% normal saline for 24 h. After 42 h of HDMTX infusion, folinic acid was administered to the child for every 6 h until the serum MTX level was below 0.2 mmol/L. Antiemetic prophylaxis Ondansetron was also given. 

The patient completed three cycles of high-dose MTX (HDMTX) infusion with no side effects. During the fourth course of HDMTX infusion, she developed acute chest pain, breathlessness, intense abdominal pain and vomiting immediately after receiving HDMTX. Simultaneously, her extremities were cold and clammy, there was a marked decrease in Spo2 (70%), despite the administration of 6 liters per minute of oxygen with a facemask, the systolic blood pressure was 80 mmHg, diastolic blood pressure was not recordable, with tachycardia (180 bpm), centralperipheral cyanosis and prolonged CRT(>4 s). MTX infusion was stopped, and she was initiated with 0.9% normal saline, intravenous hydrocortisone 100 mg, intravenous pheniramine maleate 5 mg and oxygen. The child responded quickly and her vital parameters were stabilized. Taking into consideration, the severity of the anaphylactic reaction, the infusion was not restarted. All her vitals were monitored every 4 h till the next day. MTX was assumed for an anaphylactic reaction. 

Other medications administered prior to the HSR included ondansetron and dexamethasone. Both of them had been repeatedly administered to the patient before and after the hypersensitivity reaction without any adverse effect. In spite of the administration of the same brand of MTX in the previous cycles, an adverse drug reaction (ADR) was observed in the fourth cycle. Later the child was rechallenged with another brand of MTX in a much-diluted form which is 15 mg in 100 mL normal saline for 1 h slowly under close monitoring, also apparently showed the similar ADR. 

The child started complaining of itching on the trunk, and on examination, there were several crops of papular eruptions surrounded by a zone of erythema within 5 min of HDMTX infusion (Figure 1). HDMTX was stopped, and the hydrocortisone and diphenhydramine intravenously started for hypersensitivity reaction, and she improved over the next 2 h. 

To confirm if the ADR was actually caused due to the drug, we used (1) Causality assessment scales; wherein the most widely known scales are WHO scale and Naranjo scale,5 (2) Severity assessment scale, known as Hartwig’s severity scale.6 The scoring of Naranjo scale was 10 (9 definite ADR) and the ADR’s severity assessment by Hartwig et al. was moderate level 3.

J Oncol Pharm Practice 2020, Vol. 26(2) 462–464


14 fevereiro 2020

Descriptive Analysis of Filgrastim use in children in Quebec’s University Teaching Hospitals, Canada.

Ghislain Berard, Cathy Quirion, Chantal Guevremont, Jean-Francois Delisle,Elaine Pelletier, Nathalie Marcotte, Marie-Claude Michel, France Varin, Paul Farand, Raghu Rajan, Philippe Ovetchkine, Louise Deschesne, Daniel Froment, Monia Marzouki

CIUSSS de l’Estrie – CHUS, Sherbrooke, Canada, McGill University Health Centre, Montreal, Canada, Centre hospitalier universitaire Sainte-Justine, Montreal, Canada, CHU de Quebec Universite Laval, Que ´bec, Canada, Centre hospitalier de l’Universite de Montreal, Montre al, Canada, Programme de gestion therapeutique des medicaments, Canada

Background: Filgrastim use in primary prophylaxis of febrile neutropenia in children is generally guided by specific research protocols. Its use in febrile neutropenia treatment for this population is also common.

Objective/Purpose: Describe filgrastim use in the pediatric population.

Study Design/Methods: Retrospectively, 175 episodes of care in 148 patients who received filgrastim between 1 August 2014 and 31 July 2015 were chosen randomly and reviewed.

Results/Key findings: Filgrastim was used in 79 episodes for primary prophylaxis, 6 for secondary prophylaxis and 42 for febrile neutropenia. In all but four episodes of primary prophylaxis, filgrastim was given as part of a clinical study or a protocol identical to a closed study. All were for patients that received chemotherapy at high or moderate risk of febrile neutropenia. In the 42 episodes of febrile neutropenia, mean hospitalisation stay was 25.9 days and mean filgrastim use was 5.7 days. At least one factor for poor clinical outcome was identified in 30 of these episodes. Absolute neutrophil count was above 1.9 x 10e9/L in 14 episodes when filgrastim was stopped.

Conclusion/Recommendations: Tools to help clinicians with filgrastim prescription outside of clinical research protocols (pre-printed order, febrile neutropenia guidelines, standardised absolute neutrophil count for filgrastim discontinuation) should be developed to optimize its use.

Reference: Selected abstracts presented at the Canadian Association of Pharmacy in Oncology (CAPhO) Conference 2019 taking place from 25–28 April 2019, in Halifax, Nova Scotia.


04 fevereiro 2020

Oseltamivir combined with HIV drugs lopinavir and ritonavir the medications improved conditions in patients with severe 2019-nCoV infections, say doctors in Thailand.

combination of flu and HIV medications may be able to treat severe cases of 2019-nCoV, the new coronavirus that has emerged in China, according to doctors in Thailand who have been caring for infected patients. The team’s approach, which used large doses of the flu drug Oseltamivir combined with HIV drugs lopinavir and ritonavir, improved the conditions of several patients at the Rajavithi Hospital in Bangkok.

“This is not the cure, but the patient’s condition has vastly improved,” Rajavithi Hospital’s Kriangsak Atipornwanich says of one 70-year-old Chinese woman from Wuhan, according to Reuters. “From testing positive for 10 days under our care, after applying this combination of medicine the test result became negative within 48 hours.”

Thailand has so far recorded 19 cases of coronavirus, Reuters reports, making it the country with the greatest number of infections in Southeast Asia. Eight patients have recovered, while the rest are still undergoing treatment. Officials say that the country’s health ministry would meet today (February 3) to discuss the new treatment for severe cases. “We still have to do more study to determine that this can be a standard treatment,” Atipornwanich tells reporters.

Other countries have also showed interest in using HIV drugs against the new coronavirus. China’s National Health Commission recently began recommending lopinavir and ritonavir (sold together by Illinois-based pharma AbbVie as Kaletra), according to Fierce Pharma. AbbVie has pledged to donate about $1.5 million worth of Kaletra for the effort.

A randomized controlled clinical trial is now underway in China to test the anti-HIV drugs’ efficacy, according to a study published last week (January 24) in The Lancet. Scientists in Hong Kong will also likely test these drugs in patients alongside immune system–boosting medications, Hong Kong University microbiologist Yuen Kwok-Yung tells Science.

Other treatments being considered by national governments and pharma companies include Gilead Sciences’s remdesivir, a drug that was designed to treat Ebola but failed efficacy tests. “Gilead is working closely with global health authorities to respond to the novel coronavirus (2019-nCoV) outbreak through the appropriate experimental use of our investigational compound remdesivir,” the company’s Chief Medical Officer Merdad Parsey says in a statement.

Massachusetts-based Moderna Therapeutics, meanwhile, is collaborating with the US National Institute of Allergy and Infectious Diseases to develop an mRNA vaccine, Fierce Pharma reports.
Catherine Offord is an associate editor at The Scientist. Email her at cofford@the-scientist.com.

27 janeiro 2020

Novo coronavírus (2019-nCoV)


Introdução

Diante da emergência por doença respiratória, causada por agente novo coronavírus (2019-nCoV), conforme casos detectados na cidade de Wuhan, na China e considerando-se as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), as equipes de vigilância dos estados e municípios, bem como quaisquer serviços de saúde, devem ficar alerta aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória e que apresentam histórico de viagens para areas de transmissão local nos últimos 14 dias. Mais informações a respeito podem ser obtidas no link na Organização Mundial da Saúde (https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019).

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios. Por exemplo: febre, tosse e dificuldade para respirar.

Definição de transmissão local

Definimos com transmissão local, a confirmação laboratorial de transmissão do 2019-nCoV entre pessoas com vínculo epidemiológico comprovado. Geralmente para os coronavirus (SARS e MERS) essa transmissão ocorre entre os contatos próximos e profissionais de saúde.

Notificação

Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser notificados de forma imediata (até 24 horas) pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS) pelo telefone (0800 644 6645) ou e-mail (notifica@saude.gov. br). As informações devem ser inseridas na ficha de notificação (http://bit.ly/2019-ncov) e a CID10 que deverá ser utilizada é a: B34.2 – Infecção por coronavírus de localização não especificada.

Procedimentos para diagnóstico laboratorial

A. Coleta
Usar equipamento de proteção individual (EPI) adequado, que inclui luvas descartáveis, avental e proteção para os olhos ao manusear amostras potencialmente infecciosas bem como uso de máscara N95 durante procedimento de coleta de materiais respiratórios com potencial de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro).

A realização de coleta de amostra, está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.
Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).
 
É necessária a coleta de 2 amostras na suspeita de 2019-nCoV. As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o LACEN. O LACEN deverá entrar em contato com a CGLAB para solicitação do transporte. Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

B. Transporte
O Ministério da Saúde - MS, disponibiliza o transporte das amostras via Voetur, que em casos de emergência trabalha em esquema de plantão, inclusive nos finais de semana. O Lacem deverá realizar a solicitação do transporte, mediante requerimento padrão, que deve ser enviado ao e-mail: transportes.cglab@saude.gov.br  e clinica.cglab@saude.gov.br.

As amostras devem ser mantidas refrigeradas (4-8°C) e devem ser processadas dentro de 24 a 72 horas da coleta. Na impossibilidade de envio dentro desse período, recomenda-se congelar as amostras a -70°C até o envio, assegurando que mantenham a temperatura.  A embalagem para o transporte de amostras de casos suspeitos com infecção por 2019-nCoV devem seguir os regulamentos de remessa para Substância Biológica UN 3373, Categoria B.

C. Priorização
Os testes para o 2019-nCoV devem ser considerados apenas para pacientes que atendam à definição de caso suspeito, uma vez descartada a infecção por Influenza.
Avaliação dos contactantes

Deverá ser realizada a busca ativa de contatos próximos (familiares, colegas de trabalho, entre outros, conforme investigação) devendo ser orientados, sob a possibilidade de manifestação de sintomas e da necessidade de permanecer em afastamento temporário em domicílio, mantendo distância dos demais familiares, além de evitar o compartilhamento de utensílios domésticos e pessoais, até que seja descartada a suspeita. Orientar que indivíduos próximos que manifestarem sintomas procurem imediatamente o serviço de saúde.


Atendimento do caso suspeito Para pessoas que preencham a definição de caso suspeito

ISOLAMENTO 
1. Paciente  deve utilizar mascára cirúrgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em  quarto privativo. 
2. Profissionais devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

AVALIAÇÃO
1. Reaizar coleta de amostras respiratórias. 
2. Prestar primeiros cuidados de assistência.

ENCAMINHAMENTO 
1. Os casos graves devem ser encaminhados a um  Hospital de Referência para Isolamento e tratamento. 
2. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas  medidas de precaução domiciliar.

No atendimento deve-se levar em consideração os demais diagnósticos diferenciais pertinentes e o adequado manejo clínico. 

Em caso de suspeita para Influenza não retardar o início do tratamento com Oseltamivir, conforme protocolo de tratamento de Influenza:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_influenza_2017.pdf.