16 junho 2016

EFEITOS ADVERSOS TARDIOS RELACIONADOS AO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO: ESTUDO DE CASO CONTROLE

Annemeri Livinalli, annemeri.livinalli@gmail.com, Jundiaí, SP, Universidade de Sorocaba
Luciane Cruz Lopes, luslopes@terra.com.br, Sorocaba, SP, Universidade de Sorocaba
Marcus Tolentino Silva, marcusts@gmail.com, Sorocaba, SP, Universidade de Sorocaba

Introdução: Crianças e adolescentes sobreviventes de câncer apresentam efeitos adversos tardios relacionados ao tratamento. Estudos que possam produzir dados de seguimento em longo prazo, de populações de elevado risco, são essenciais para a construção de evidência de recomendação. Objetivo: Identificar e caracterizar efeitos adversos tardios em sobreviventes de câncer na infância e adolescência submetidos a terapia antineoplásica quimioterapia e/ou radioterapia) e determinar os fatores preditivos associados. Método: estudo caso-controle com pacientes recrutados no período de 2010 a 2014. Os casos foram definidos como sendo aqueles em que foi detectado o efeito adverso tardio na consulta ou nos resultados de exames solicitados. Controles, foram pacientes consecutivos que aderiram ao seguimento anual, recrutados pelo mesmo método, da mesma população onde se identificaram os casos. Todos os possíveis efeitos adversos tardios identificados foram classificados em diferentes graus utilizando o Common Terminology Criteria for Adverse Events versão 4.0. Para análise estatística utilizou-se como medida de associação a razão de prevalência ajustada por sexo e idade no início do seguimento por regressão logística e nível de significância de p 0,05. Resultados: de 111 participantes potencialmente elegíveis, 62 sobreviventes atenderam os critérios de inclusão, sendo 17 (27,4%) deles com alterações em exames que podem representar algum efeito tardio adverso. Destes casos, oito (47%) apresentaram alteração no sistema endocrinometabólico, sete (41,2%) no sistema cardiovascular, cinco (29,4%) no sistema musculoesquelético, um (5,9%) nos sistemas auditivo e renal, concomitantemente. Alteração em dois sistemas foi observado em quatro (23,5%) participantes. A gravidade variou entre o grau 1 e 2. A razão de prevalência para os fatores preditivos testados (sexo, idade, etnia e terapia empregada) não foi significativa. Conclusão: Nesta amostra, a frequência e gravidade dos efeitos adversos não são diferentes entre os tratamentos empregados e nenhum fator preditivo esteve associado ao risco de aparecimento de efeitos adverso.  

Poster in: VIII Congresso da SOBRAFO - 20 a 22 de maio de 2016 - Florianópolis - SC

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