30 agosto 2014

SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: EXPERIÊNCIA COM O CHECK LIST DE CIRURGIA SEGURA

ISLANE COSTA RAMOS; SIMONE DA SILVEIRA MAGALHÃES; MARIA ELIZA M. ARRUDA BARBOSA; ADRIANA N. RATS E SILVA; PATRICIA ALVES DE OLIVEIRA; MARIA JOSE DOS SANTOS CAETANO.

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO / CE. 

Introdução A prestação de assistência ao paciente nos hospitais, cada vez mais, tem exigido dos profissionais de saúde atuação complexa. Nessa perspectiva, a segurança dos pacientes ganha relevância, evocando a necessidade de se capacitar e se comprometer com ações sistêmicas de avaliação e prevenção, tentando viabilizar a redução de desfechos indesejados, bem como a de analisar o impacto sobre a qualidade do cuidado prestado. Considerando a pertinência desta temática, este estudo teve como objetivo aplicar um instrumento adaptado do check list de cirurgia segura proposto pela OMS no centro cirúrgico de um Hospital Universitário, analisando as repercussões dessa medida no desenvolvimento de práticas seguras.

Método: Estudo descritivo, realizado no Centro Cirúrgico (CC) de um Hospital Universitário localizado em Fortaleza-Ceará, de julho a outubro de 2013. Participaram todas as oito enfermeiras que trabalham no setor e teve como instrumento de coleta de dados, um formulário estruturado. Para análise dos dados, recorreu-se a estruturação de Morse e Field.

Resultados: O instrumento utilizado é um roteiro que inclui todos os itens que devem ser conferidos desde admissão até a transferência do paciente para a sala de recuperação (SR), sendo adaptado do impresso sugerido pela OMS (check list de cirurgia segura), criado com o intuito de auxiliar as equipes operatórias na redução das ocorrências de danos ao paciente, contendo itens de segurança a serem verificados, de forma que pudessem ser colocados em prática visando reforçar a segurança operatória com práticas corretas e promover uma melhor comunicação e trabalho em equipe. Como protocolo operacional na instituição pesquisada, o Checklist contempla três etapas: 1º Admissão no CC; 2º Na sala de cirurgia antes do procedimento e 3º Após realização do procedimento e antes de encaminhar paciente para SR. Este foi coordenado pelas enfermeiras do CC, mas com participação de todos os membros da equipe e paciente. O protocolo está em funcionamento desde julho de 2013 e tem sido aplicado integralmente em todas as cirurgias. Após 3 meses de aplicação foi analisado a repercussão da medida com base nos seguintes tópicos: implementação do check list, notificação de erro, perfil das não conformidades e participação dos profissionais. A adesão ao check list foi completa, mas observou-se a necessidade de treinamento, para embasar alguns itens; quanto a notificação dos erros foi extremamente importante, pois não fazia parte da rotina da unidade quantificar e tipicar os eventos adversos, bem como analisar o “quase erro”. Contudo, é preciso melhorar a comunicação entre os membros da equipe.

Conclusão O protocolo ajudou a prevenir a ocorrência de eventos adversos, pois contribui com a comunicação entre os membros da equipe cirúrgica, entretanto, a equipe deve trabalhar transdisciplinarmente, uma vez que todos são responsáveis pelo cuidado seguro do cliente, cada qual no desempenho de sua função em prol do paciente.

Referência Anais do I Congresso Internacional sobre Segurança do Paciente ISMP Brasil - V Fórum Internacional sobre Segurança do Paciente: Erros de Medicação - 10,11 e 12 de abril de 2014 - Ouro Preto - MG

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